terça-feira, 8 de novembro de 2011

Especialista afirma que gestante deve ser desestimulada a dirigir


Amanda Monzani
O correto é que gestantes usem cinto de três pontos

A gestação é um período delicado na vida da mulher. As mães de primeira viagem que o digam. Escolher o enxoval correto, preparar a casa para receber o filho e se preocupar com as vacinas são princípios que toda mulher tem. Mas outro cuidado fundamental, e não tão obedecido pelas gestantes, é com a direção no trânsito. Até quando a grávida deve dirigir e como ela deve utilizar o cinto de segurança?

Segundo o ginecologista Jousé Katsuda Júnior, de Araçatuba, a gestante deve ser desestimulada a dirigir, pois, durante a gestação, ela pode apresentar enjoos, tonturas e hipoglicemia. Isso pode ocasionar acidentes de trânsito, além da perigosa proximidade do volante com o abdome, que, em caso de choque, pode causar o deslocamento da placenta. “No terceiro trimestre, com o crescimento do volume abdominal e a proximidade com o volante, até mesmo pequenas desacelerações poderão causar sérios danos maternos e fetais, principalmente ruptura uterina e deslocamento prematura da placenta”, afirma.

LEGISLAÇÃO

O delegado da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Araçatuba, Getúlio Nardo, explica que a legislação brasileira não impede a mulher grávida de dirigir, no entanto, a gestação é o fator de risco para a direção veicular desde o primeiro trimestre de gravidez.  Caso a gestante necessite dirigir, deve sempre usar o cinto de segurança de três pontos, mantendo o corpo o mais afastado possível da direção do veículo. “A parte pélvica do cinto de três pontos deve ser colocada abaixo e ao longo dos quadris e na parte superior das coxas, e a faixa diagonal deve cruzar o meio do ombro passando entre as mamas e lateralmente ao abdome, nunca sobre o útero”.

Nardo ressalta também que é preciso ter cuidado com o afastamento do banco do motorista para trás e com a reclinagem do banco do motorista, pois essa prática pode comprometer a dirigibilidade da grávida, aumentando as chances de acidente.

CONCIENTIZAÇÃO

Vanessa de Paula, de Araçatuba, está grávida de oito meses do segundo filho e diz que sempre tomou cuidado na direção, mesmo quando não estava grávida. “Tenho outra filha e, às vezes, não dá para escapar: preciso buscá-la na escola, além de outros afazeres, mas sempre me preocupo em usar corretamente o cinto de segurança, e sempre que posso peço a alguém para me levar onde preciso.”

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