Por Rafael
Rodrigues
Crowdfunding, ou financiamento coletivo, está se tornando
febre na internet. Sites desses tipos têm como intuito a arrecadação de capital
para a realização, dentre milhares de projetos, do jornalismo cidadão, ou seja,
um jornalismo que “sacie” os interesses do público e é por ele financiado.
Natália Gárcia, que trabalhava como redatora na editora
Abril, resolveu abandonar o emprego e se empenhar no jornalismo por meio do
crowdfunding. Em entrevista concedida ao Centro Knight para Jornalismo nas
Américas, ela contou que a ideia surgiu de um modo inusitado quando estava
andando de bicicleta.
MUITO MOVIMENTO
O assunto central abordado por Natália foi o planejamento
urbano, ou seja, como tornar as cidades, principalmente as capitais, um lugar
mais amistoso e habitável.
Sobre o tema e o crowdfunding, Natália conta que “o que
sinto é que muitos dos que apoiaram querem fazer suas cidades melhorarem, mas
não sabem como. E aí, ao invés de comprar um jornalzão todo dia, preferem
apostar num projeto jornalístico que dialogue com os problemas que são
importantes para eles, que os atingem. Todo mundo sofre com o trânsito, com
poluição. Eu quero, com esse projeto, pelo menos dar uma luz a esses
problemas”.
Não é de hoje que o jornalismo impresso, assim como
outras mídias, vem perdendo espaço para a internet. Lá, os leitores podem ser
mais participativos e é justamente isso que eles querem: ajudar na
transformação.
Não existe mais o “leitor passivo”, que lê a matéria, fecha o
jornal e vai para o trabalho, o que existe são leitores participativos, que
querem de alguma forma ajudar na transformação, na mudança para o melhor. O
crowdfunding é mais uma forma, talvez uma das melhores, de dar espaço para esse
(web) leitor participar da mudança de algum modo.
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