O sonho da casa própria e a segurança para investimentos

Barbara Franchesca Nascimento

Se o avanço da construção civil é um reflexo do crescimento econômico do País, pode-se afirmar que o Brasil está no caminho para conquistar o tão sonhado título de potência mundial. O boom imobiliário no triênio 2009/2011, gerado basicamente pela criação do programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida”, atingiu, de forma abrangente, os 27 estados brasileiros.

Em Araçatuba, esse crescimento também é visualizado com facilidade. Segundo Eliana Torturella Moreno, proprietária de uma imobiliária local, a cidade está repleta de construções. Apesar de mais da metade dos imóveis no interior do estado de São Paulo ter sido adquirido por meio de financiamentos, de acordo com dados da Caixa Econômica Federal, Eliana destaca que o aumento aconteceu de forma generalizada, isto é, em todos os setores do mercado imobiliário.

“O crescimento foi tanto na procura por financiamentos quanto na aquisição de imóveis pagos à vista”, relata. Um exemplo citado por ela para demonstrar a demanda do mercado está na estimativa de tempo para a venda de apartamentos de uma construtora na cidade. “Conseguimos vender as três torres de um condomínio 70% mais rápido do que o tempo estimado. Tínhamos a previsão de três anos, mas em menos de dois já estava tudo vendido.”

CONQUISTA

Após três meses de pesquisa, a designer de interiores Gimena Delben, 31 anos, adquiriu, em janeiro deste ano, o primeiro apartamento. A aquisição foi feita por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Para ela, o mercado está “mais competitivo do que nunca”. “É preciso, entretanto, estar atento para a qualidade da construção ofertada e aos valores abusivos. Toda compra é decidida por meio da necessidade do consumidor, mas também pela clareza das informações do vendedor”, lembra.

Já a jornalista Silvia Helena Mariano Mendes, 37, enxergou o aquecimento do mercado imobiliário como uma oportunidade de investimento seguro. Neste ano, ela recebeu o valor de herança que empregou na compra de um apartamento e mais três casas em bairros diferentes de Araçatuba.

“Preferi não aplicar em uma poupança porque qualquer variação no mercado poderia afetar o valor do dinheiro investido. Já os imóveis são um investimento e rendimento seguros”, explica.